Sou um apaixonado por gastronomia. Dizem que sou guloso. Mentira! Gosto de saborear os bons paladares. Saborear um pouco apenas e não comer que nem um desalmado. Dá-me prazer cozinhar, mas estou cansado de receitas que nada explicam e não funcionam, autenticamente despejadas para livros e para a internet com a única intenção de fazer monte para vender, sem sequer nunca terem sido testadas antes de publicadas. Adoro fazer os melhores pastéis. Adoro fazer doces com melhor paladar do que em qualquer pastelaria. Conventuais, medievais, artesanais, aqueles que se colam aos dentes, me tentam e fazem lembrar os doces da avozinha. São esses que aqui apresento. Os que considero insubstituíveis, as melhores receitas devidamente experimentadas e explicadas de forma simples para que todos as possam fazer com sucesso. Sem publicidades nem anúncios chatos. A única coisa que peço é que experimentem um shot e comentem o blog. Bom apetite a todos!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Doces - Bolo de Amêndoa do Convento da Vidigueira










UMA EXCELENTE SUGESTÃO PARA A PÁSCOA 2013!!!

Este é o Bolo de Amêndoa do Convento da Vidigueira! Aquilo que eu chamo um bolo aperitivo! Gourmet, sem dúvida e para saborear em pequenas e discretas fatias! Divinal! Um bolo de perfil baixo, recheado de amêndoa com ligeira tonalidade a canela, massa fofa e húmida e algum molho de ovos do tipo pão-de-ló! Em suma, uma iguaria conventual!


INGREDIENTES:  

1) 500 g de açúcar;
2) 6 ovos inteiros;
3) 6 gemas;
4) 450 g de miolo de amêndoa picada;
5) 100 g de farinha de trigo T55 sem fermento;
6) 1 colher de chá de canela;
7) Açúcar em pó para polvilhar.
 

CONFECÇÃO:

1) No recipiente da batedeira elétrica coloque as 500g de açúcar com os 6 ovos inteiros e as 6 gemas (dito de outra forma, são 12 gemas e 6 claras ao todo, como poderá encontrar escrito noutras receitas deste bolo);

2) Agora preste atenção porque aqui é que está o segredo: vai bater o anterior com as pás com que bate as claras em castelo. Vai bater à velocidade mínima ajudando com a colher de pau a remover o açúcar que poderá ficar no fundo do recipiente. Bata no máximo 1 minuto, não mais. (O que vai acontecer aqui é que você está a bater o açúcar e os ovos como se estivesse a iniciar a massa de um pão de ló. Mas é só mesmo o início, cerca de 1 minuto. É este importante passo que vai permitir que o bolo fique com o molho de ovos do tipo pão-de-ló e com a massa bem fofa);

3) De seguida mude as pás da batedeira para as pás de misturar massa;

4) Adicione o miolo de amêndoa picada e misture com a batedeira sempre à velocidade mínima ajudando com a colher de pau. Misture durante uns 3 minutos até o preparado estar bem homogéneo. (No mercado encontra amêndoa granulada e amêndoa moída. A moída do tipo quase farinha não presta para esta receita. Compre a granulada e em casa com a picadora pique-a mais um pouco);

5) Adicione a canela misturando sempre com a batedeira e de seguida a farinha de uma vez só. Continue a misturar durante mais 3 minutos até a mistura estar bem homogénea. Se necessário auxilie com a colher de pau;

6) Enquanto isso unte uma forma de bolo baixa e sem buraco com manteiga, forre apenas a base com papel vegetal e unte novamente com manteiga polvilhando de seguida com farinha. (É importante colocar o papel vegetal só na base porque se não poderá não conseguir desenformar o bolo. Ele cola facilmente à base mesmo numa forma antiaderente);

7) Coloque a massa, que neste momento já deve estar a fazer pequenas bolhas de ar típicas, na forma e leve ao forno NÃO VENTILADO, a 200ºC durante 45 a 50 minutos conforme queira a massa mais húmida ou mais seca. (Deve ter em atenção porque ao fim de 30 minutos a massa já está bem escura mas o bolo não está cozido por dentro. Pode verificar abanando a forma e vai ver que a superfície do bolo de mexe bastante denunciando a massa liquida por dentro. Deve manter a cozedura sem medo porque o bolo não queima. Chamo a atenção para a técnica do palito! Se colocar um palito neste bolo para ver se ele está cozido o palito nunca vai sair limpo!). Deve ajustar o tempo de cozedura ao seu forno, mas não deve alterar nunca a temperatura. Esta massa comporta-se como a massa de um pão-de-ló, por isso pode ser difícil logo à primeira vez ajustar ao seu forno e ao seu gosto o tempo/ponto de cozedura);

8) Deve deixar repousar o bolo durante 4 horas (como se faz para o Pão-de-Ló de Ovar) antes de desenformar e de consumir;

9) Desenforme e remova o papel vegetal, polvilhando com açúcar em pó (se preferir pode deixar o papel vegetal na base e servir assim).